domingo, 31 de agosto de 2008

Saudades dos tempos de poesia (31/08/2008)

Tem tanto tempo que não posto nenhuma linha, ou rima...
Tenho estado envolta a tantas atribuições,
Tenho estado envolta a tantas responsabilidades,
Tenho estado envolta a tantos problemas,
que deixei de lado a magia da poesia...

Tive tantos momentos que me renderiam
linhas e linhas num papel...mas que pelo tempo,
ou falta dele, não lembrei que eles se perderiam
que se embolassem na passagem do vento

Tantas alegrias e tristezas
conquistas e angústias
fechei meus olhos à beleza
que as letras teciam numa folha branca

Cada letra como uma nota musical
que dava sentido à uma vida turbulenta
sem orquesta e sem maestro
fui seguindo a viver no desalento

Sonhei certa noite estar amarrada à um ponteiro
veloz e sagaz de um relógio de parede...
acho que é a compulsão pelo jargão moderno:
"Tempo é dinheiro", que tem me deixado assim...

Se este poema vai rimar ou não,
só saberei no final. Me perdoem a pouca inspiração
é o adiantar das horas e as responsabilidades
que não me permitem mais a criação...

Saudades do meu tempo de poesia,
saudades do cotidiano com magia...
saudades dos suspiros que geravam rimas,
dos sonhos que criavam a minha vida!!!