segunda-feira, 31 de março de 2008

Tristeza (04/04/2001)


há uma tristeza infinda em seus olhos...
uma tristeza que penetrou minh’alma
que calou meu riso, deixando-me triste.
(Rocha e Almeida, 2006)











Ouvir Baixo, porém ecoante
aquele som se repetiu
várias vezes no meu coração
que já se partiu


Jamais tentarei denovo,
não quero novamente provar
o gosto amargo da experiência
que não tentou, mas conseguiu machucar.

Tudo fechou-se
aos meus olhos tristes
que não vêem mais a alegria
e não têm mais a harmonia
que prevalecia em meus olhos de menina

Tudo está sufocado
minha voz não grita,
chora ou esperneia...
só tenta, sem êxito
expressar meus sentimentos

O que antes era luz
agora é escuridão.
O que antes se sentia
agora é vazio, imensidão
opaca, oca, gelada, solidão...

Essa tristeza apenas me motiva
a escrever para sempre
a colocar no papel a minha dor
a transformar lágrimas em tinta
e do vazio criar: poesia!

sábado, 29 de março de 2008

No outono (07/06/2001)


"Sou nas primeiras manhãs de céu encoberto,
as árvores despojando-se de véus esvoaçantes na aragem...
Esquece o Verão insensato em que não fui.
Procura-me no Outono."

(Washington Maguetas)


Sentir que o vento sopra,
notar que as folhas caem,
perceber que as noites esfriam,
ver que o amor contagia,
vendo que na nossa vida
ele só traz alegria!

É o outono, chegando depois do verão
acalmando a todos, desde o coração,
até a forma de falar, de pensar

Amigos, se divertem felizes
nos campos cobertos de folhas.
O clima esfria
deixando um ar de paz,
um sentimento de alegria.

A alma influi mais
a razão já não fala tanto
e nunca mais escuta-se
aquele triste pranto...

O pranto do sofrimento
da dor, do desamor.
E vendo seu rosto
que sempre chega no outono
minha vida ganha um doce gosto:
O gosto do amor!

domingo, 16 de março de 2008

Do oceano, uma gota (10/03/2008)


Sempre vivi sob esse intenso azul
Envolto pela malha aquática
Da qual eu reconhecia todas as manias
De cada peixe, mesmo dinâmica ou estática.
Bastava um olhar - mentes em sintonia
Mas algo me começou a faltar
Uma gota, talvez, que acabara de evaporar

Inquietei-me e decidi procurar
Larguei do mar e ao céu me lancei
Pensando na gota - felicidade a alcançar.
Onde estaria agora, em que parte do céu?

Senti o vento, caminhei pelas nuvens
Mas aquela alegria de viver
Que eu procurei e não encontrei
Nem na suave brisa, que doce veio me envolver...
Me restou saudade...

Saudade do oceano, que tanto amei
E que tanto me acolheu
Das ondas, tempestades, turbulências.
Senti saudades do que foi meu,
Das calmarias, da imensidão...
Era a intensidade e a profundidade
Que moviam meu coração
E o mistério, que despertava em mim o amor.

Chorei...E a chuva levou minhas lágrimas
Queria eu agora ser gota
Para que o oceano me aceitasse
Queria fazer parte do ciclo
Para que como água, eu retornasse
Para os encantos desse amor

Às vezes aprendemos observando
Às vezes é necessário treino,
Em outras só aprendemos errando.
Já aprendi, você perdoa?
Me toma de volta, querido infinito
Me absorve nessas correntes
Rápidas, seguras e tão quentes...
Me envolve permanentemente
Para que eu veja na imensidão
Tão profunda e misteriosa, o teu coração.

domingo, 9 de março de 2008

Luckers: leitores silenciosos (09/03/2008)

Luckers...amigos invisíveis
companheiros, sabem de tudo
observam seus posts incríveis
olham,olham...emudecem

Falta de confiança na internet
Preguiça de escrever, talvez...
Contribuir? Acho não desta vez
leio, gosto, fecho a janela
vou embora, num rápido click

Decidem não ouvir apelos dela
"Comentem, quero ouvir opiniões"
os luckers simplesmente olham"
Não permitindo exposições!

Platéia muda,
nada de participação,
olhos que atentos
jamais me deixarão...

talvez nunca permitirão
ser conhecidos
mesmo ouvindo pedidos
um comentário jamais farão!