domingo, 20 de abril de 2008

Um dia poetisa...não mais (20/08/2006)











Queria eu conhecer as palavras
como eu antes as conhecia,
e usá-las, brincando com cada significado,
como eu antes fazia.

Descrever como outrora em letras trêmulas,
palavras soltas, conexas, desconexas...
o que eu sinto...o que sentia...

Se antes, eu escrevia tanto
agora, pelo passar do tempo,
do acelerado ponteiro do relógio,
ou pela preocupação cotidiana
a inspiração, o canto
e a melodia me abandonam...

sábado, 12 de abril de 2008

Através do espelho (12/10/2000)

Às vezes eu penso,
me recolho num canto
me afundo no silêncio
cultivando meu pranto...

Da maioria das vezes
acho que não sirvo
que sou uma inútil
e fujo por meses.

Esses meses
costumam ser frios,
escuro e sombrios.
Cada dia parece uma eternidade

Às vezes tento imaginar
um jeito do espelho atravessar.
Mas ele continua lá
superfície plana, a me fitar.

Penso que lá há um mundo
escondido...oculto...
E um dia eu descobrirei,
e o espelho será, para mim, um portal
e assim a alegria encontrarei!

sexta-feira, 11 de abril de 2008

Desejo (19/02/2000)

Estava no cinema hoje e de repente me veio ao pensamento
uma estrofe de um antigo poema...fiquei tentando lembrar
do resto, mas ele não me veio na íntegra, acabei esquecendo,
foi então que sentada na frente do computador ele veio novamente.
Folheei meu velho caderno de poemas e o encontrei!

Como desejo
estar perto de ti novamente
provar do teu beijo
mesmo que só por um instante

Doce lembrança...
sei que ainda não me esqueceste
e ainda tenho a esperança
de te encontrar

Foi bom enquanto durou
mas é aqui que me encontro
do jeito que você deixou:
te esperando!

Desejo viver tudo denovo
só que diferente
um amor novo
Por que não recomeçar?

terça-feira, 8 de abril de 2008

Inocente criança (23/03/2000)


Estava voltando pra casa essa semana e ví um garoto empinando uma pipa, a felicidade dele contagiava, foi aí que lembrei deste poema, pensei em moficá-lo, mas optei por escrevê-lo conforme o original, tendo um garotinho a empinar pipa sob a ótica de uma garotinha a escrever poesia.



A praia estava
como sempre ensolarada
recheada de crianças
empinando suas pipas.

Pipas enormes
maiores que elas,
coloridas e belas.
Mas as crianças
não estavam satisfeitas...

dentre elas, um menino destacava,
não era rico, não era nada,
era apenas um pobre garotinho
sujinho de graxa.

Com mão comandava uma pequena pipa
tão pequena quanto ele
feita de sacos plásticos
era tudo reciclado,

mas não era isso
que o fazia brilhar.
Era o seu jeito
singelo de pilotar.

O garotinho corria...
e entre todas as pipas
a dele era a mais límpida
e simplesmente o menino estava feliz

domingo, 6 de abril de 2008

Um singelo pedido (16/03/2008)


Conectada...tentando imprimir
Algo que comprovasse!
Várias janelas a surgir,
Mas ao ver a sua me chamando
E o recebimento da mensagem confirmando,
O coração explodiu

Mandei, na madrugada, uma declaração,
Tentativa final de chegar
Lá dentro do teu coração
Uma pergunta: como te ajudo?
O que posso fazer por você?
Aceitar meu pedido de namoro
seria um ótimo começo eu diria...
Coração palpitante, cansado de meias palavras,
se prendendo a todas as brechas
que você, propositalmente, deixou.

É com você que tenho sonhado,
e quase todas as noites também acordado.
É você que me invade o pensamento,
que me acelera o coração
mas é por mim, que algumas vezes sou sofrimento...

...por ter ouvido demais
Pensado pouco e agido inconsequentemente...
Um desejo...(apenas um, bem timidamente)
voltei-me ao coração.
Decidi ouvir cada batida,
foi então que tomei coragem
e mandei a mensagem.
Resolvi me entregar aos sentimentos
e era seu nome que ecoava
em cada um dos batimentos,
até quando o telefone, eu pegava
era seu número que eu discava
sem querer... (maldito inconsciente)

Então, depois de muito pensar!
Aí vai o meu desejo (tímido, cheio de medo)
Se o tenho por direito
e posso pedir qualquer coisa
Que será, como mágica, feito!

Portanto eu desejo tê-lo como namorado,
(concordo que é um desejo arriscado)
Sei que não será como antes
E que ainda tenho que te reconquistar
mas, tenha convicto, que de mim
amor não faltará!