segunda-feira, 24 de novembro de 2008

Odeio não te odiar (24/11/2008)

"Odeio o jeito como você me olha,
parecendo me desnudar,
odeio como sorrir e me faz sorrir,
odeio quando não está presente" (Afrodythy)


Sair para distrair, achei que fosse isso e só.
Você olhou no relógio tantas vezes, parecia querer ir
Comentou dos passeios, dos antigos e novos amigos
Falou saudosista do passado e pensou no porvir

A noite estava ótima, nem quente nem fria,
Acompanhei por segundos o movimento dos teus lábios
A música de fundo que tocava me envolvia
E me desnorteava com o som da tua voz

Relembraste momentos, mas que pareciam tão próximos...

Odeio ter que fazer poesias, para dizer o que não digo pessoalmente,
Odeio fazer tantos versos - um conjunto - que você não verá,
Odeio quando saímos e me encanto só por ali estar
Odeio estar junto de você e muito te desejar
Odeio quando você me abraça, só longe dos olhares
Odeio sentir que você que me esconde das pessoas
Ou como dá desculpas e eu burra acredito
Odeio como você me faz ver estrelas,
Ou como me enfeitiça com o seu sorriso...
Odeio me sentir num cenário medieval
E sonhar com você as noites, um sonho sempre igual
Odeio como as palavras surgem sem rimar
Ou como me inspiras e me fazes suspirar
Mas a coisa que eu mais odeio
É tentar de odiar por tudo isso
E não conseguir, nem por um instante te odiar...