domingo, 24 de fevereiro de 2008

O inesquecível inebriante (24/02/2008)

Não vou mais usar pretextos
pra te ver, ou pra contigo falar;
Achei estar acabado, sentimento extinto,
mas como falar isso tendo um coração a disparar?

Resolvi ligar e provar para mim mesma
que o som da tua voz não causaria efeito,
que eu não sofreria com o não, após o convite feito
e que desligaria contente e esqueceria...

Mas estando aqui no paraíso,
e tendo você constante em meus pensamentos,
reativando sentimentos, protagonizando meus sonhos,
e eu não querendo acordar só pra sentir seus encantos

Percebo porque gostei tanto do girassol
é porque tive em você cada raio de sol,
a força motriz que guiava meus passos,
a alegria e a vida que aliviava meu cansaço

Mesmo no sonho você não cedeu
custo acreditar que quem você beija não sou eu
ou que sua memória apagou
cada suspiro, ou vestígio de quem tanto te amou...

Talvez não te mereça novamente,
mas quem consegue convencer um coração apaixonado,
de desistir do que o faz palpitante,
apertado de saudade do inebriante?

Quantas viagens planejamos e idealizamos
e até com o casamento eu sonhei
me deixa reconstruir nosso castelo de areia
no qual , desastrada como sou, esbarrei...

terça-feira, 19 de fevereiro de 2008

Procuro néctar, recebo espinhos... (01/02/2005)

Já procurei o néctar
Mas daqui só vejo espinhos...
Na doce brisa vejo voar
Suaves grãos de pólen
Queria ser abelha
Para o doce mel provar
Mas nas asas dessa dor
Não tenho flor para repousar
Ou néctar pra me alimentar...
Espinhos...a me perfurar
Rudes e doloridos como o amor

As caricias que não tenho
Os afagos que não sinto
Os beijos que não recebo
Os carinhos que me faltam

As paixões...proibidas...
O amor não consentido...
A alegria retirada...
A felicidade recolhida...
...ao coração triste e vazio!

Um coração pesado de tanta dor
Um coração carente do verdadeiro amor
Um coração denso de sofrimento
Um coração afogado no esquecimento

Procuro incansavelmente néctar
Mas é em frente à barreira de espinhos
Que me encontro em prantos
Olho...a ausência de caminhos
Mas procuro na dor encantos...
Vejo...sofrimento, desafeto, solidão...