terça-feira, 19 de fevereiro de 2008

Procuro néctar, recebo espinhos... (01/02/2005)

Já procurei o néctar
Mas daqui só vejo espinhos...
Na doce brisa vejo voar
Suaves grãos de pólen
Queria ser abelha
Para o doce mel provar
Mas nas asas dessa dor
Não tenho flor para repousar
Ou néctar pra me alimentar...
Espinhos...a me perfurar
Rudes e doloridos como o amor

As caricias que não tenho
Os afagos que não sinto
Os beijos que não recebo
Os carinhos que me faltam

As paixões...proibidas...
O amor não consentido...
A alegria retirada...
A felicidade recolhida...
...ao coração triste e vazio!

Um coração pesado de tanta dor
Um coração carente do verdadeiro amor
Um coração denso de sofrimento
Um coração afogado no esquecimento

Procuro incansavelmente néctar
Mas é em frente à barreira de espinhos
Que me encontro em prantos
Olho...a ausência de caminhos
Mas procuro na dor encantos...
Vejo...sofrimento, desafeto, solidão...

5 comentários:

Unknown disse...

Acho muito legal a forma de você escrever, tendo visto várias de suas poesias já, continua escrevendo...
Beijos!

Anônimo disse...

Lindo poema...
a flor do mandacaru nasce no meio de muitos espinhos... é dificil de ver, mais dificil ainda de pegar, mas é a mais bonita do sertão.
beijos.

Filipe disse...

Muito bom!

Engraçado como algumas coisas, apesar de terem sido criadas há algum tempo, soam tão contemporâneas...


=**

Filipe da Nóbrega Longo disse...

O comentário de cima foi meu!

Anônimo disse...

Pathy!!!
Parabenizo vocêpelos poemas!
Sabe que eu sempreme imaginei fazendo isso? Lendo um blog de poemas seus?? Sempre gostei das coisas que você escrevia e fico feliz por ver tudo finalmente!!
Tou com muita saudade viu??
xero beeem grande!