domingo, 13 de janeiro de 2008

Dar tempo ao tempo, à poesia (2006)

Não sei porque penso
que você me faz
escrever versos
sentir coisas
de que não sou capaz...

Não sei porque parece
que você estimula
minha criatividade
povoa minha emoção
inunda meu pensamento
e me deixa com saudades
você sabe...

Tudo faz ver um sentimento
misterioso, afetuoso,
se o mistério faz parte do amor.
Que cara ele tem?

Apenas a emoção
na face estampada
na paixão compartilhada
no amor sentido...

Ou no desejo desfeito
nos corpos distanciados
na falta que faz...

Imagens do espelho
que não se desfaz
que não se pode enganar...

Ardor que induz
o ímpeto do encontro
o encanto da paixão
o beijo que seduz

Nas multicaras que possui,
nas multicores que tem
e o prisma parece tocar o rosto
iluminar o corpo
de maneira total

Muito mais que amigos
muito menos que amantes
semelhantes
inteligentes

Na busca do eu
lá está você
lindo e determinado
sonho derramado
vontade de querer mais

Quando será que vou te encontrar
tocar sua mão
e saber do pouco que é meu
e dar tempo ao encanto
ao canto
dar tempo ao romance
à poesia
de sentí-la em sintonia
com desejos
abraços e carícias
muitos beijos....

Quem sabe se tenha tempo
de encontrar o outro,
ficar feliz
nem que seja pela notícia
de saber um pouco mais
e se der...
deixa ver
tocar o coração e abraçar

Se por acaso chorar
não ligue não
é a felicidade de te encontrar
é a saudade que me comia o peito
corroia a alma
a vontade de te amar
e o clímax para alcançar
nem que seja pelo olhar...

Um comentário:

Anônimo disse...

OI pati. Lindo poema, como sempre. Acho que li esse tb... :)
beijos!